João Batista dos Santos, nascido em Esteio, na grande Porto Alegre no dia 18 de setembro de 1966, filho da dona Neuza, seguido de oito irmãos. Aos 15 anos em busca de melhores dias mudou-se para a fronteira do Rio Grande do Sul, Sétimo Distrito de Santana do Livramento. Por lá aperfeiçoou seu dotes campeiros e artísticos, aprendeu a lida de campo, gineteada, domas, tiro de laço piálo a pé e a cavalo, foi tosador a martelo ou tosquiador, guasqueiro de mão cheia, lidas na leiteria, aprendeu a arte de alambrar, foi tratorista, cabanheiro de ovinos e bovinos, aprendeu a anatomia campeira de carneadas, desossando e fazendo charques de manta inteira.

 

Aos 16 anos ganhou a sua primeira gaita, presente de um amigo irmão, do pai que ele não teve e que ainda vive na fronteira de Livramento, senhor Carlos Alfredo o “Carlinhos”. Inspirado por: Gildo de Freitas, José Mendes, Bertussi, Teixeirinha e Francisco Vargas; aprendeu a grosso modo, os primeiros acordes de um “mi maior de gavetão” para acompanhar as trovas galponeiras onde se apresentou por muitas vezes no programa Ao Pé do Fogo, comandado por grandes ícones do regionalismo como: Rio Grandino Leal, Lenço Branco, Vilmar Vila de Menezes e outros grandes nomes. Aos 18 anos entrou de capataz na Estância Rincão Alegre de propriedade do senhor Luis Alves Dutra.

 

Lá foi inseminador de gado, fez curso na TECPLAN, Instituto de Pesquisa na cidade de Rosário do Sul. Em novembro de 1991, voltando de uma inseminação do interior de Cacequi, recebeu convite do patrão do CTG Sinuelo do Caverá, Vilmar Palhares de Castro, para fazer parte de uma comitiva que iria pagar uma visita ao povo paranaense, na cidade de Guarapuava. Lá chegando, de vereda conquistou a amizade do povo fazendo versos, improvisando e cantando musicas do passado de artistas consagrados. Foi convidado a ficar mais alguns dias depois da festa e por lá ficou por mais 10 anos. Ensinou declamação e poesia para peões e prendas. Pesquisou a história do Paraná e compôs dos mais belos poemas culturais entitulado Paraná dos Meus Encantos.

 

Em 1992 recebeu o convite do tradicionalista e diretor da Rádio Difusora AM senhor Nei Caldas, de Guarapuava para apresentar um programa gauchesco, então voltou a Livramento para resolver algumas pendências e vender alguns trastes e retornou a Guarapuava, onde criou e deu vida ao programa Noites Gaúchas. Um ano mais tarde entrou para a Rádio Cacique AM, onde Crioulo Batista fez fama e nome, ganhou troféu imprensa por dois anos consecutivos. Ganhou noção honrosa da Câmara dos vereadores pelos serviços prestados a comunidade regional como comunicador.

Neste meio tempo começou a compor suas musicas e sentiu a necessidade de gravar um cd, só que lhe faltava o mais importante, o dinheiro para a gravação. Foi então que teve a mão de outro anjo amigo Renato Cruz que abraçou sua causa e financiou seu primeiro cd. Crioulo Batista com sua cordeona e seus versos de improviso, já viajou por quase todo o Brasil, sempre fazendo amizades e deixando saudades por onde passa.

 

Suas canções já foram regravadas por grandes nomes da música gaúcha como: Porca Véia, Gildinho, Alma Serrana, Grupo Reponte, Grupo Minuano, Gaúcho da Fronteira, Os Caciques, Os Serranos, Os Buenas, Os Pirilampos, Grupo Farrancho, e outros nomes da lida riograndensse. Faz parte do cd Payadores do Brasil, é tetra campeão de trovas. Já gravou 7 CDs e 2 dvds. Em 2003 foi contratado pelos irmãos Telles diretores da Rádio Antena Sul FM , onde apresentou o programa Cantos do Sul até o final de 2011. Apresentou também o programa Bailanta da T, na Rádio T FM. Recentemente apresenta o programa Rincão da 89, na Rádio Santana FM. Está aquerenciado em Ponta Grossa no Paraná onde juntamente com o grande Grupo Cambicho leva campo a fora, o trancão de um autentico baile gaúcho, sempre com muita alegria e devoção deixando saudades pelos rincões por onde passam.

Grupo Cambicho! O signicado dessa palavra que ostentamos vem do Dicionário Gaúcho, que se traduz como sendo um flerte, um namorico, um apego a prenda. Em sentido mais amplo seria: folia, farra, divertimento. O Grupo Cambicho tem essa missão de levar campo a fora, pelos rincões onde passa, esse apego pela cultura do sul do nosso país, sempre com muita alegria e divertimento.